Cianotipia: quando a química encontra a arte!

Já reparou que, em muitos filmes e animações, quando alguém mostra uma planta arquitetônica ou um plano secreto, o papel é sempre azul com linhas brancas? Pois é: isso tem tudo a ver com ciência! Esse visual tão característico vem da cianotipia, uma técnica fotográfica criada no século 19 que usa química e luz solar para produzir imagens em tons de azul profundo.

Em 1842, o cientista John Herschel fez uma descoberta que levou ao nascimento da cianotipia, um processo fotográfico simples, artesanal e duradouro, e que chamou a atenção de artistas e cientistas. Com o tempo, a cianotipia se popularizou como forma de reproduzir plantas arquitetônicas e projetos de engenharia. É daí que vem o termo blueprint (“impressão azul”), hoje sinônimo de plano técnico ou estratégico.

Por isso, quando o projetista mostra as plantas do Titanic na famosa cena do filme, quando Gru elabora seus esquemas em Meu Malvado Favorito ou quando o Coiote planeja capturar o Papa-léguas, a estética azulada que vemos é herança direta dessa invenção do século 19. Da fotografia científica ao cinema, a cianotipia mostra como a química e a arte podem caminhar juntas, deixando um legado duradouro que atravessa séculos.

Conheça mais sobre essa história no vídeo produzido em parceria do LAbI com a revista Ciência Hoje (CH) e, também, no texto de Bárbara Lúcia de Almeida, do Departamento de Química da Universidade Federal de Juiz de Fora, e Lucas Mascarenhas de Miranda, também da UFJF e colunista da CH.

https://cienciahoje.org.br/artigo/cianotipia-conexao-entre-quimica-e-arte/