Em 2017, um artigo publicado na Nature chamou muita atenção por indicar que a Amazônia poderia estar contribuindo para o aquecimento global após medições indicarem que as árvores de áreas alagadas funcionavam como “chaminés” do gás metano.

As pesquisas nessa linha prosseguiram e, em julho de 2024, um novo artigo na mesma revista, com participação de cientistas da @unb_oficial e da @ufrj.oficial (alguns também assinaram o artigo de sete anos atrás), relatou a descoberta de que os troncos das árvores — inclusive das áreas alagadas — absorvem metano em quantidade maior até do que o solo, que era tido como o principal sumidouro do gás. Isso ocorre por causa da microbiota que vive nos troncos, com algumas bactérias que consomem metano já tendo sido identificadas.

O metano é o segundo gás que mais impacta o efeito estufa. Embora tenha a propriedade de aquecer mais a atmosfera do que o dióxido de carbono, ele se dissipa mais rápido e é lançado em quantidade muito menor. A nova descoberta traz mais complexidade à equação do ciclo gasoso na floresta.

Apresentação e roteiro: Tiago Marconi
Câmera: Mario Gonçalves Neto
Som: Lucas Stefanuto
Edição: Mario Gonçalves Neto e Henrique Matheus
Animação e arte da capa: Henrique Matheus
Direção: Mario Gonçalves Neto e Tiago Marconi
Idealização: Carla Augusta