A descoberta de um anel em torno do candidato a planeta-anão Quaoar botou em dúvida uma teoria do século XIX sobre a formação de anéis planetários no Sistema Solar. Segundo ela, há uma distância máxima para que partículas orbitem em forma de anel em torno de planetas (ou outros objetos, como planetas-anões) e, acima dessa distância, as partículas se aglomeram em forma de satélite. No caso de Quaoar, com raio estimado em 555 km, essa distância máxima – chamada Limite de Roche – seriam 1.780 km. No entanto, o anel está a 4.100 km do objeto. A reportagem que embasa o vídeo é da Agência Bori.

O estudo, que contou com a participação de 59 pesquisadores de 14 países, foi liderado pelo astrônomo brasileiro Bruno Morgado, do Observatório do Valongo da Universidade Federal do Rio de Janeiro. O artigo foi publicado em fevereiro na revista Nature.

A série Fique Sabendo é uma parceria entre o LAbI UFSCar e o ICC (Instituto da Cultura Científica William Saad Hossne).