Uma pesquisa desenvolvida na UFSCar demonstrou que indivíduos da espécie sabiá-barranco têm níveis diferentes de medo em relação ao desconhecido. O experimento de Augusto Florisvaldo Batisteli, hoje doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Recursos Naturais (PPGERN) da UFSCar, consistiu em deixar algum objeto (cubo mágico ou uma pequena bolinha) próximo ao ninho quando a ave saía dele e medir se ela demorava mais para voltar.

As sabiás com ninhos em construções humanas, tipo prédios, não se inibiram com a presença do objeto e voltavam dentro do período de costume (pouco menos de cinco minutos em média). Já as aves com ninhos em árvores demoraram quase nove minutos para retornar e prosseguir com a incubação dos ovos. Segundo o pesquisador, os biólogos passaram a olhar melhor as diferenças entre os indivíduos recentemente, em vez de focar apenas nas populações.

A pesquisa foi orientada por Hugo Sarmento, docente no Departamento de Hidrobiologia (DHb) da UFSCar, e teve apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). A reportagem que embasa o vídeo é de Adriana Arruda, no portal da UFSCar.

A série Fique Sabendo é uma parceria entre o LAbI UFSCar e o ICC (Instituto da Cultura Científica William Saad Hossne).